Pesquisadores chineses criam protótipo que codifica dados digitais em DNA — capacidade equivalente a 36.000 HDs

Cientistas na China desenvolveram um protótipo de “fita cassete de DNA” que armazena informações digitais codificadas em sequências de DNA. O cartucho demonstra capacidade teórica na escala de dezenas de petabytes, oferecendo uma alternativa de arquivamento densa e energeticamente eficiente para dados que precisam ser preservados por décadas ou séculos.
O essencial em uma frase: o protótipo alcança cerca de 36 petabytes de capacidade por cartucho (equivalente, na métrica divulgada, a ~36.000 HDs de 1 TB), com proposta de longuíssima durabilidade e consumo de energia praticamente nulo para armazenamento a longo prazo.
🔬 Como funciona (resumo técnico)
- Os dados digitais são convertidos em sequências sintéticas de DNA e depositados em zonas específicas de uma fita física que imita um cartucho magnético antigo.
- Para ler, a fita é posicionada no drive, uma solução química libera a cadeia complementar que é sequenciada e decodificada de volta para bits.
- O sistema inclui mecanismos para indexação (códigos de barra e “compartimentos” físicos na fita) que permitem buscas e leitura por arquivo.
✨ Destaques e provas de conceito
- Capacidade teórica de ~36 petabytes por cartucho (a comparação com “36.000 HDs” tem sido citada pela imprensa ao explicar a escala).
- Os pesquisadores demonstraram recuperação de arquivos (por exemplo, imagens quebradas em pedaços e remontadas após leitura) como prova de conceito.
- Em demonstrações iniciais, a escrita/leitura ainda é extremamente lenta: o experimento publicou leituras de apenas algumas centenas de kilobytes em tempos longos, o que limita aplicações práticas imediatas.
- A equipe descreve técnicas para proteger o DNA (revestimentos cristalinos) que podem preservar os dados por séculos em condições ambiente, sem necessidade de energia constante.
📉 Limitações atuais
- Velocidade: escrever e ler dados no protótipo é muito mais lento que discos ou fitas magnéticas modernas — um gargalo técnico a ser resolvido.
- Custo: síntese e sequenciamento de DNA ainda têm custo elevado comparado a mídias eletrônicas.
- Escalabilidade prática: há desafios de automação, padronização e integração com centros de dados existentes.
- Segurança e padronização: é preciso desenvolver formatos, redundância e protocolos que garantam recuperação confiável a longo prazo.
🌱 Por que a fita de DNA é atraente (sustentabilidade)
Ao contrário de data centers que precisam de energia contínua para refrigeração e alimentação de drives, o DNA preserva informação sem consumo energético ativo — tornando a fita um candidato ideal para arquivamento frio (cold storage) sustentável de grande escala. Para acervos históricos e backup de longo prazo, a economia de energia e a densidade tornam a solução promissora.
📊 Dados Técnicos (resumo)
- Instituições envolvidas: times de pesquisa na China (ex.: Southern University of Science and Technology e colaboradores mencionados na publicação).
- Capacidade demonstrada/teórica: até ~36 petabytes por cartucho (número divulgado na cobertura da pesquisa).
- Formato: fita física com zonas hidrofílicas/hidrofóbicas que armazenam DNA em compartimentos.
- Durabilidade: camadas protetoras que podem permitir preservação por séculos à temperatura ambiente.
- Estado atual: protótipo funcional — leitura/escrita possíveis, mas performance e custo ainda limitantes.
💡 Ideal para
Profissionais e estudantes de computação e biotecnologia, gestores de arquivos e acervos, empresas de data center, entusiastas de tecnologia sustentável e leitores curiosos sobre soluções de armazenamento do futuro.
Observação rápida: a ideia combina avanços da biologia sintética com engenharia de mídias físicas — promissora para arquivamento a longo prazo, mas com barreiras práticas (velocidade e custo) a serem superadas antes de adoção comercial em larga escala.
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