IA pode tornar profissionais de saúde mais humanos, diz professor da Universidade do Porto

Como a inteligência artificial está humanizando a medicina moderna

Rui Nunes, professor de Bioética na Universidade do Porto, defende que a inteligência artificial (IA) não substituirá os profissionais da saúde, mas sim os tornará ainda mais humanos. Em uma recente conferência, ele destacou o papel transformador da IA na prática clínica e no cuidado ao paciente.

O papel da IA na medicina moderna

Segundo Nunes, a IA permitirá aos médicos tomarem decisões mais rápidas, baseadas em dados concretos e análises em tempo real. Isso não significa robotização da medicina, mas o oposto: libertar os profissionais da saúde de tarefas repetitivas e burocráticas para focar no que realmente importa — o cuidado humano.

Humanização através da tecnologia

Um dos grandes mitos sobre a IA é o medo de desumanização do atendimento médico. No entanto, a automação de processos permite que médicos e enfermeiros tenham mais tempo para ouvir, acolher e entender seus pacientes. O professor aponta que isso representa uma “nova era da empatia aliada à tecnologia”.

Exemplos práticos do uso da IA

• Diagnóstico Assistido: algoritmos ajudam a identificar doenças precocemente com alta taxa de acerto.
• Monitoramento Remoto: pacientes crônicos podem ser acompanhados à distância com alertas automáticos.
• Planejamento de tratamentos: IA recomenda planos terapêuticos com base em histórico médico.

Desafios éticos e bioéticos

Apesar do entusiasmo, Rui Nunes alerta para a necessidade de regulamentação e preparo ético. É fundamental garantir que as decisões baseadas em IA sejam auditáveis, seguras e estejam sob supervisão humana constante.

Formação e atualização profissional

Outro ponto levantado é a urgência da capacitação profissional. Médicos e enfermeiros devem ser treinados para lidar com novas ferramentas, interpretar dados e usar a IA como aliada — não como ameaça.

O futuro da medicina: mais humana do que nunca

Em conclusão, a mensagem do professor Rui Nunes é clara: “O uso ético da inteligência artificial na saúde pode nos devolver o que se perdeu: o contato humano e o tempo de qualidade com o paciente.” Um futuro onde tecnologia e empatia caminham juntas é não apenas possível, mas necessário.

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Postado em 04 de junho de 2025 - Categoria: Saúde e Tecnologia

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